domingo, 10 de junho de 2012

ESTRELA CADENTE: DESEJOS, DOCES MEMÓRIAS, LITERATURA E UM POUQUINHO DE TRICÔ E CROCHÊ

MOMENTO MÁGICO



(Fonte da foto: http://coracaofurtacor.blogspot.com.br/2010/12/normal-0-21-microsoftinternetexplorer4.html)

Terça-feira retrasada, chegando em casa de volta da universidade, caminhando da parada de ônibus até o portão de casa, observando o céu limpo, a noite clara, enxerguei um cometa cruzar por cima da minha casa na direção sul-norte. Imediatamente, fui tomada por uma alegria inocente, daquelas que as crianças têm com uma boa surpresa, coisa que há muito eu não experientava. Minha primeira reação  foi fazer  3 pedidos, mas, mais  do que isso, lembrei da última vez em que havia visto uma estrela cadente. Eu acho que eu tinha uns seis anos e, tendo apontado para o céu, sinalizando o que via, fui  repreendida, advertida de que uma verruga cresceria no meu nariz etc. Lembro que  eu fiquei curiosa, não amedrontada ou assustada, e como a verruga não cresceu, perdi o interesse no futuro do meu nariz.
Estrelas cadentes são um espetáculo mesmo, e olhar para as estrelas, contemplar a abóboda celeste, não tem quem não goste. Lembrei então de noites de férias e feriados longos  que passamos na casa do Suspiro da dona Nize e seu Peri Barbosa, no interior de São Gabriel, na década de 80, com a petizada nossa (Bruno, Álvaro, Francisco e Pedro), do Ju e da Ju (Diego e Igor), da Dênia e do Renato (Amandinha e Alire) da Denise e do Alcides (Bina e Manã/Bernardo e Emiliano) em que eu lia "As Aventuras de Tibicuera", de Érico Verissimo, antes deles dormirem, todos  num quartão juntos. Alguns deles abriam  bem os olhos como se para enxergar melhor as cenas e dramas que eu narrava, e aos poucos iam relaxando...

SOBRE A NOITE E AS ESTRELAS:
"À noite eu via as danças dos índios ao redor de uma grande fogueira. Os tupinambás pulavam, faziam roda, rebolavam as ancas, erguiam os braços, batiam com os pés no chão. A fogueira lambia a noite com línguas de muitas cores. De dentro dela saltava um clarão que devorava a luz do luar, pintava de fogo a cara dos guerreiros e ia bolir com o mato que estava dormindo.
Os guerreiros dançavam sempre. Os tambores batucavam - bum-qui-ti-bum, bum-qui-ti-bum, bum, bum... Eu olhava para o céu. A lua parecia uma fogueira branca e as estrelas eram os índios dançando ao redor dela."

Já nos anos 2000, num show de Kleiton e Kledir em Porto Alegre, qo qual eu não pude comparecer, chegando em casa meus filhotes  chegaram emocionados contando que lembraram de mim quando eles cantaram ESTRELA, ESTRELA. E eu me senti a própria!
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Curiosamente, e a propósito, eles também têm uma canção intitulada ESTRELA CADENTE:


E aqui, algumas receitas de cometas e estrelas:
http://www.marniemaclean.com/patterns/Comet/index.htm


Source: etsy.com via Dette on Pinterest

4 comentários:

  1. Como é bom poder parar um pouco e admirar um céu cheio de estrelas com uma lua majestosa..é um afago na alma, né?
    Lembranças muito doces as tuas, teacher. E como é bom relembrar e através da lembrança poder voltar no tempo por alguns instantes, voltar à infância, ou para um passado não muito distante.
    É o que sempre digo as melhores lembranças da vida são as mais singelas e em sua maioria vivida em família!!!
    Bjs
    Priscila

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  2. Oi Isabella,
    Vim ver as estrelas e me deparei com o universo todo, em que momento as receitas de tricô e crochê deixaram de ser somente palavras e se tornaram poesia?
    Será para mim um imenso prazer seguir voce e me deliciar com postagens ricas em conhecimento como por exemplo a poesia do xadrez..
    Obrigada por compartilhar um pouquinho de tricô e crochê.
    Abraço!

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    1. Glauci,
      acho que para mim aconteceu tudo junto em muito tenra idade, aprendi tricõ aos 6 com minha tia Edith Xavier da Silveira, crochê aos 8 com minha tia-avó Emery Pedroso Duarte e antes de me alfabetizar aprendi a recitar poesia com minha tia-avó Carlota Vieira da Cunha e ouvia meu tio-avô Waldomiro Souza compor repentes e acrósticos nos aniversários.
      A literatura foi minha opção de titulação na carreira acadêmica, e acho que é por isso que aparece tudo junto nos meus textos e nos meus trabalhos.
      Muito obrigada pelo comentário que só me envaidece.

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    2. Isabella, favor contatar. Gostaria de falar sobre a sua tia Edith Xavier da Silveira. Pedro José Mentges

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